09 julho 2011

Terapia


           O primor e a simplicidade ornados pela arte da aquarela natural.

          A tonalidade imponente com a qual se reveste tamanha perfeição, acusa a magistral identidade do seu criador.

          Delicada textura das pétalas rosáceas, inebriadas por suave perfume, empresta beleza e perfeição aos olhos do mundo. O frescor do orvalho pousado em sua corola macia, suaviza as dores da alma de quem o avista, dando novos significados ao horizonte da sensibilidade interior.

          É de se notar que uma obra desse quilate, atesta a superioridade de seu artesão, e que por outro lado, impressiona o fato de que muitos ainda não desenvolveram dentro de si o dom de perceber as singularidades entremeadas no contrapasso do cotidiano. Deus se manifesta nos diminutos detalhes da vida.

          No canteiro do jardim, numa delicada jarra a enfeitar a mesa ou mesmo em um singelo buquê, as flores sempre desempenharão o seu ofício: atenuar as dores do mundo e colorir de matizes mil, os escaninhos mais recônditos da alma...

Karina Alcântara



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