20 novembro 2012

Púrpura da tarde


A solitude deste dia frio
Espraia a nostalgia que sobra
Na perfumosa púrpura da tarde
Ao findar o poder da aurora...

Formosa tela que umedece
De pranto tua face sadia
Leva assim embora a tristeza
Trazendo a paz no fim do dia...

Karina Alcântara

05 novembro 2012

Luz do meu viver


A calmaria que me passas
Ao encontrar-te num vento breve
Põe à prova meu doce afeto
Com o teu afago leve...

Teu olhar limpo e soturno
Ao encontrar o meu, febril,
Causa bulício em minh'alma
Feito rubor juvenil...

Teu cheiro a inebriar-me
O sentido, de encantamento
Faz-me repousar na tua face,
Um ósculo de agradecimento,

Por seres tudo que és pra mim
No meu parco viver, e digo,
Que és o sol que ilumina
A estrada por onde sigo...

Karina Alcântara



01 novembro 2012

Desnuda Essência


Quisera eu no meu sonhar
Transformar em sementes fecundas
Meus fardos e angústias profundas
Para meu jardim replantar....

Quisera eu nas tormentas da vida
Onde o dia se faz noite
Filtrar a água poluída
Para aguar minhas dores...

E com minha desnuda essência
Aquarelar a tela da minha vida...

Karina Alcântara




Rememórias


Pétalas tênues da aurora
Banhadas pelo choro noturno
Em balbuciar quase exsudo
Desfazendo-se como outrora...

Nas minhas parcas rememórias
Tua beleza e frescor taciturnos
Trazem-me o alento algemado
Ao meu viver obtuso.

Karina Alcântara