06 julho 2011

Rememórias



         O tempo enverniza e tonaliza de saudades as nossas memórias... Acontecimentos do pretérito endossam muitas vezes a lógica do prosseguimento do presente. Fatos apoiados na permissividade de nossa total responsabilidade atestam a capacidade de decidir-nos por nós mesmos o que somos e o que seremos, mas também, o que quase fomos seja de uma forma positiva ou negativa.

          A questão crucial é que antes da tomada de certas decisões, nem sempre estamos certificados de sua conveniência e necessidade. Muitas vezes, nossa mente está embotada pelas perspectivas que se apóiam em divagações que não traduzem nem de perto o esboço da realidade. Noutras vezes, elas são frutos de nossas carências ou pendores morais. O certo é, que de uma forma ou de outra, elas nos levarão fatalmente a conseqüências boas ou más, conforme a escolha que fizemos. Se o caso é positivo a sensação de realização interior é patente. Se porventura, os frutos de nossas escolhas são amargos, resta-nos a possibilidade de aprendizado, se nós consentirmos a reflexão no nosso interior sem entregarmo-nos à rebeldia ou ao desânimo.

          O viver é assim, recheado de desafios, decepções, frustrações, perdas... E não há sequer um indivíduo que não tenha em sua bagagem de vida esses itens.

          O nosso desafio enquanto pessoas dotadas de humana sensibilidade, não é evitar que essas situações aconteçam, mas, buscar a coragem e a fé embasadas no Alto para vencer os desafios que se apresentem, como também usá-las como antídotos à depressão e outros males espirituais.

          E que as vitórias colecionadas no processo de aprendizado de cada um de nós sejam arquivadas na nossa memória e repassadas como exemplo e história para o processo de construção daqueles que, sem que nos apercebamos, espelham-se em nós...   

Karina Alcântara

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