Doce prazer de inverno.
Morna iguaria aquece minha alma letárgica.
Envolta em macias cobertas, vaga meu pensamento inerme, sem a coragem de desembaraçar-me.
A janela é meu suave refúgio, donde respiro a paisagem branca e gélida da estação invernal.
Sob o espesso tapete branco, jaz o florido caminho, de pedrinhas entremeadas a margaridas, que na estação primaveril, encanta os olhos dos transeuntes.
A cerca de madeira branca, camufla-se à cor típica da estação invernosa, e a solidão do carteiro atesta a ausência de missivas que me restaurariam o contentamento.
Meu suspiro corta o silêncio reinante...
A neve volta a cair translúcida...
Olho para o lado e avisto o livro deixado de lado, no momento que demandei a cozinha em busca de algo que me amornasse o ânimo.
Levanto-me e alcanço o livro, e na página marcada, retorno a leitura.
E novamente, meu íntimo enche-se de satisfação, plenificado no prazer da viagem literária que me distrai e preenche o dia...
Karina Alcântara
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