30 dezembro 2010

Seguir...


           Sigo meus passos, e ao meu derredor, vislumbro fragmentos de essências humanas... Essências desnudas, egos ímprobos ou castos, tanto faz... E concluo a partir dessas frações:
           O nosso burilamento consciencial é alcançado a partir das construções que solidificamos com nossas vivências. O que hoje se faz latente é o que ontem não se fez atuante, por isso o mourejar incessante se faz necessário, incansável...
           Embora a incerteza me destitua a racionalidade de alguns passos, prossigo continuamente fiel à sensatez da minha alma.
           Se o acaso me defronta, improviso.
           A sensibilidade me norteia ao que me é peculiar, ao que me transcende a expectativa interior... Companheira abstrata das horas imprevisíveis... Seguimos de mãos dadas, enveredando e descortinando as ambiguidades magistralmente urdidas pelas circunstâncias.
           Intrepidez me impele a desmontar as amarras que me cingem ao medo, à insegurança, à indolência. Quero o novo, a transformação maturada de mim. Quero a liberdade de agir e pensar sem atrelar-me à convicções formadas pelo senso alheio. Quero desamarras de convenções sociais. Quero ser eu, na minha mais pura essencialidade... A maturação que busco é uma espera processual.
           As dores? Inevitáveis...
           O aprendizado? Conseqüência natural...
           Não temo, apenas sigo. Sempre...

Karina Alcântara

Nenhum comentário:

Postar um comentário