06 dezembro 2010

Jesus


           Aproxima-se uma data muito importante do nosso calendário.
          Dezembro representa pra todos nós cristãos, o marco de luz na humanidade, pois há mais de 2000 anos a Misericórdia Divina nos mostrou que apesar de nossos desatinos e desalinhos morais, sempre somos amados infinitamente pelo seu Coração Augusto.
          Deus nos fez reconhecer jamais esquecidos por Ele. Para tanto, enviou ao seio da Terra-Mãe, solo abençoado e marcado pelas nossas dores e lágrimas vertidas na escuridão de nossa ignorância, o filho do Seu coração paternal, para acender a luz da caridade e do amor entre os homens.
          Nascia em terras áridas, acolhido na simplicidade da manjedoura, nosso grande Irmão e Mestres Jesus, ladeado pelos animais, seres simples e filhos também do mesmo Pai.
         Não vestiu-se de púrpura, não foi detentor de ouro nem prata. Seu reinado não se circunscreveu aos aplausos do mundo, não foi submetido às glórias efêmeras, nem às tolas vaidades dos sedentos da egolatria.
         Seu reinado era sim, o de Amor e Caridade. Trazia a pureza e a humildade no coração generoso, a simplicidade nos gestos, no falar, no caminhar... O olhar casto e sereno extravasava pureza e sua sacralidade contrastava com a situação moral do seu rebanho. O falar era uma oração. O conselho, de uma sapiência humílima, atingia as fibras mais íntimas daqueles corações simples que o ouviam e se contagiavam na busca do aprimoramento moral. Sua sabedoria buscava alcançar as pessoas sofridas, amarguradas e desprezadas pelo sistema político-social da época, estruturado pelos expoentes da sociedade, mentes que ainda não haviam descoberto o verdadeiro senso de justiça e igualdade.      
          Estava ainda pra ser plantada a semente divina, pelo grande médico e pastor de almas, em missão peregrina nessa escola abençoada...  
         Seu gesto de amor e sacrifício deixou marcas indeléveis na memória de multidões que arrebanhava ao entardecer, após a faina do dia, às margens do Genesaré, para ouvir suas belíssimas e consoladoras exortações.
         Escreveu com seu sangue e sua dor, a absolvição da humanidade, que em grande parte, não soube compreender os desígnios divinos. Mas a semente ficou plantada, latente, no solo dos corações humanos, a espera da época certa da colheita...

Karina Alcântara

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