19 novembro 2010

Renúncia



A solidão vergasta
A moldura da alma
Entorpece os sentidos
Subtrai-nos a calma...

Os ponteiros do relógio
Trilham soberbos na noite
A despeito da minha dor
Que fere como o açoite

Pressagiam a triste ausência,
D’um amor que não voltará
Que o tempo levou embora.
Mas que dentro, eternizará.

A lavagem da alma doente,
O crepúsculo prenuncia.
As lágrimas vertem dolentes,
Numa saudade pungente
Que ao amor renuncia...

Karina Alcantara

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