A solidão vergasta
A moldura da alma
Entorpece os sentidos
Subtrai-nos a calma...
Os ponteiros do relógio
Trilham soberbos na noite
A despeito da minha dor
Que fere como o açoite
Pressagiam a triste ausência,
D’um amor que não voltará
Que o tempo levou embora.
Mas que dentro, eternizará.
A lavagem da alma doente,
O crepúsculo prenuncia.
As lágrimas vertem dolentes,
Numa saudade pungente
Que ao amor renuncia...
Karina Alcantara
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