20 novembro 2010

Perdão

          
           Perdão significa no sentido estrito, remissão de pena, desculpa, indulto. Mas tem essa palavra um conceito bem mais amplo, quando vemos pelo ponto de vista emocional.
           Perdoar não se restringe a um gesto mecânico ao verbalizar a famosa frase: Eu perdôo!  
          Existe toda uma estrutura psico-emocional por trás desse gesto para que se torne verdadeiro.  De nada adiantaria a pessoa falar que perdoa outra, sem o esquecimento da ofensa. Já vi gente falando: Eu perdôo, mas não quero mais aproximação! Será que perdoou mesmo? A dinâmica do perdão, nos remete a uma profunda reflexão. Temos que estar cientes que o esquecimento da falta que o outro praticou contra nós deve ser uma constante no mecanismo do perdoar. 
          Jesus Cristo, ao perdoar Maria Madalena, na frente de seus algozes, apresentou-nos o poder do perdão, na sua máxima expressão. Da mesma forma quando respondeu a Pedro: “Não perdoai sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.”  Entende-se daí a capacidade ilimitada de perdoar que teremos que acolher em nosso coração. Um exercício que exige de nós, prática,  humildade e amor.  É fácil? Não. Em determinadas situações nos é imensamente penoso indultar o outro de sua falta, quando nos fere o orgulho, a tola vaidade ou nossos mais variados interesses principalmente de cunho materialista.
          Nossa constituição física e espiritual foi sabiamente arquitetada por Deus, de modo que funcionam como uma caixa de registros de nossas ações mecânicas e mentais. Todos nós somos energia. Trocamos energia incessantemente, por isso é importante que estejamos cientes em engendrarmos boas ações e cultivarmos pensamentos elevados.
          O perdão quando verdadeiramente sentido, nos satura de energia curativa. Mas, ao contrário, o rancor traduz-se em energia perniciosa à nossa alma, que com o tempo, reflete em nosso corpo provocando-nos doenças. Daí vermos ao nosso derredor, pessoas com a saúde do corpo seriamente comprometida, fruto dos desatinos e atitudes inconsequentes que teimosamente insistem em cultivar, tornando dessa forma, a vida cada vez mais penosa nos caminhos que Deus oferece.
           Portanto, silenciemos nosso íntimo, buscando ouvir a voz serena e melodiosa do nosso Mestre Jesus Cristo, a ecoar dentro de nós, convidando-nos a reforma interior e a caminharmos juntos rumo à glória em Deus.

Abraços.

Karina Alcântara

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