O seu mundo,
uma nesga de luar
Iluminar
vai, um pouco o seu quarto.
Falar de uma
solidão qual um parto,
Que dói
fundo, mas não pode estranhar.
Um relógio,
quadros pela parede,
Cortina que
se esgarça, livro à mesa.
Ao canto,
uma bíblia, uma surpresa:
Resto de
vinho, uma mulher com sede...
Pela janela,
essa tal e tão bela,
Que se
escondeu no alvorecer da aurora.
Um olhar
cativo faço à janela!
No embaraço
de tantos pensamentos,
Uma ânsia
louca me invade nessa hora:
Aonde
escondeste os teus sentimentos?
Antonio Nolleto
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