21 janeiro 2014

A Janela



O seu mundo, uma nesga de luar
Iluminar vai, um pouco o seu quarto.
Falar de uma solidão qual um parto,
Que dói fundo, mas não pode estranhar.

Um relógio, quadros pela parede,
Cortina que se esgarça, livro à mesa.
Ao canto, uma bíblia, uma surpresa:
Resto de vinho, uma mulher com sede...

Pela janela, essa tal e tão bela,
Que se escondeu no alvorecer da aurora.
Um olhar cativo faço à janela!

No embaraço de tantos pensamentos,
Uma ânsia louca me invade nessa hora:

Aonde escondeste os teus sentimentos?

Antonio Nolleto

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