"O amor não prende, não aperta, não sufoca. Porque quando vira nó, já deixou de ser laço." (Mário Quintana)
02 setembro 2011
Doce prazer
As
cerejeiras estavam carregadas...
Logo
que se abria a porta da cozinha era o cartão postal que se avistava. Dava gosto
de se ver, carregadinhas de frutos.
As
galhas baixas salpicadas de um vermelho vivo e intenso, chegava a dar água na
boca!
Foi
a primeira providência da manhã... A idéia já começava a tomar forma e passando
o braço na cestinha de vime, dirigiu-se ao quintal da casa.
O
dia amanhecera sereno e o cheiro úmido ainda recendia aos olfatos mais
sensíveis.
A
noite passada havia sido demasiado fria e ainda podia ver-se ao longe, nuvens
carregadas, prenunciando aguaceiros próximos.
Não
titubeou e pôs-se a passos firmes, demandando o caminho que conduzia às
cerejeiras.
O
vento lá fora, apesar de ameno, soprava frio, e fazia com que as faces de
Helena ruborizassem.
As
botinas estavam umedecidas pela relva molhada, mas foram confeccionadas com
material próprio para aquela situação. Tão surradas e cheia de histórias...
Enfim
chegou ao seu destino e pôs-se ao propósito a que se submetera. Em curto espaço
de tempo, a cestinha já estava abarrotada de cerejas de casca lustrosa e de uma
cor viva que instigava qualquer criatividade... Mas ela já tinha em mente o
projeto culinário a que iria submeter-se e aprestou- se a retornar para casa e
preparar o repasto da manhã.
Sim,
faria a tão desejada torta de cereja, que, logo, logo despertaria os que ainda
encontravam-se adormecidos...
Karina Alcântara
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