24 maio 2011

Ilação



A descrença naquilo que me completa

Ascende-me às fronteiras da incredulidade

E, agasalhando-me em seu regaço,

Toma-me a fragilidade em seus braços.

Eu como que embalado, sonho                       

Feito menino em seu colo

Abstraído de toda a certeza

Que me teria urdido a sensatez.

No meu silêncio gritante,

Errôneo de toda conjectura

Busco a solidez de minhas verdades

E deparo-me com o vazio...

Destituído da razão que liberta

Agonizo nos grilhões do cárcere

De meus remorsos e inquietações

E ao sabor de minhas constatações,

Sigo enceguecido à sombra de minhas incertezas...

Karina Alcântara

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