19 maio 2011

Fuga



O fechar de olhos, reflete

A fuga do eu atormentado

Na descrença de tudo que verte  

De um sonhar demasiado.


Na sua inteira intangibilidade,

A realidade ecoa em outros brados

Silenciosos pra minh'alma insone

Num sorvedouro obstinado.

 

A busca de sentido completo

Na abstração da realidade,

Reflete vivas contradições

Desvirtuosas da verdade...


A projeção da expectativa

Frustrada num apelo intenso

Faz povoada a mente sã

Com a dúvida e o silêncio...

 

Que seja ele pois o espelho

Das minhas doces inquietações

E também o conselheiro sábio

Dos meus apelos e ilações...

Karina Alcântara

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