Fuga
O fechar de olhos, reflete
A fuga do eu atormentado
Na descrença de tudo que verte
De um sonhar demasiado.
Na sua inteira intangibilidade,
A realidade ecoa em outros brados
Silenciosos pra minh'alma insone
Num sorvedouro obstinado.
A busca de sentido completo
Na abstração da realidade,
Reflete vivas contradições
Desvirtuosas da verdade...
A projeção da expectativa
Frustrada num apelo intenso
Faz povoada a mente sã
Com a dúvida e o silêncio...
Que seja ele pois o espelho
Das minhas doces inquietações
E também o conselheiro sábio
Dos meus apelos e ilações...
Karina Alcântara
Nenhum comentário:
Postar um comentário