17 abril 2011

Realidade



Por mais que se queira,
O incerto não enseja
Por mais que se deseje
O improvável não viceja

Por menos que se queira
O inevitável sobrepuja
Por menos que se deseje
O previsível se acusa

O que se foi pretendido e não concretizado
Perdeu-se das teias da oportunidade...
Por mais desconsolo que se tenha produzido
A compunção, no peito oprimido,
Não fará remontar no tempo
O que se foi fragmentado...

Karina Alcântara

4 comentários:

  1. Nada tenho nas mãos.
    Só o sol me brilha dentro
    Numa espécie de encantamento
    Um fogo que não se apaga.
    Mas nas mãos nada se vê.
    Nem o brilho, nem a cor,
    Nem o fogo, nem o ardor
    Que me deixam o corpo em brasa...

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  2. E de tanto que se queima
    O corpo em ardente chama
    A fugacidade do enlevo clama
    No pensamento que ora teima...
    Volto a face à realidade
    Na crueza da insensatez
    Aterrisso em ébria poesia
    Cobrindo de beijos tua tez

    Numa espécie de encantamento,
    Mas nas mãos nada se vê...

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  3. Já dá uma postagem no Sangria ou no Essência... rs Par ou ímpar?? kkkk

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