20 abril 2011

Encantamento


Nada tenho nas mãos...
Só o sol me brilha dentro
Numa espécie de encantamento.
Um fogo que não se apaga,
Mas nas mãos, nada se vê...

E de tanto que se queima
O corpo em ardente chama
A fugacidade do enlevo clama
No pensamento que ora teima...

Volto a face à realidade
Na crueza da insensatez.
Aterrisso em ébria poesia,
Cobrindo de beijos tua tez...


E assim persigo minha sina,
De amar sem poder ter.
Numa espécie de encantamento,
Mas nas mãos nada se vê...

Karina Alcântara e Luciana Seloy

2 comentários:

  1. Parceria poética... Engendrando espaços no meio virtual...

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  2. Um poema nunca termina.
    Segue sua sina de descrever em rima os corações humanos...

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