29 abril 2012

Realidade


O tempo enverniza dores e amores...
Ou seria dores de amores?

Num tempo em que a felicidade ditava as normas
E que a realidade não tinha espaço para contrapor-se,
Os sonhos eram alimentados e vividos.
A vida sorria plena e cativante.
Envolta em véus róseos de felicidade
Que teimavam em me alhear da realidade.
Mas vi pela janela da vida, a sensatez do tempo,
Que o glamour opacizou,
Que o brilho que antes enceguecia
Foi talhado pelas desilusões do caminho.
Vi-me assim, sem destino, sem chão.
O buquê de felicidades antes vívido,
Murcho caía das minhas mãos
E via descortinar diante de mim,
Um cenário desconcertante:
A tristeza de não se poder viver os sonhos...

Karina Alcântara

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